domingo, outubro 27, 2013

Haverá mulheres presidentas...

Di a canção de Marful... Bem, não o di, na realidade, mas como já sabedes as fans deste clube, nada é previsível num concerto de Marful.

Bem, sim, há algo previsível: sempre vas sair com o sorriso posto e a emoção de ter escutado boa música.
Esta que vos fala (de novo, depois de meses e meses), foi por primeira vez ao Gaiás. Tinha um bom motivo, mas nem o concerto de Marful mudou a minha percepção de "estamos loucas ou que?".

Mas não vou estragar espaço desta entrada falando do inexplicável, só vou dizer-vos que mereceu a pena o cabreo de chegar ali.

Marful estivo em graça, a música soou preciosa (apesar das dificuldades do espaço, esse costume tão galego de fazer concertos em lugares que não têm condições e não foram feitos para isso), contra vento e maré, contra tetos impossíveis e um formato de plateia modelo corredor, contra uma distribuição social entre os que pagam mais e os que pagam menos incompreensível... contra todo o previsto, de novo, emocionada.

Os quatro Marful ofereceram-nos as canções do seu repertório já conhecido, mas sempre com novidades. Alguns solos um pouco diferentes nas músicas do primeiro disco, as letras que mudam e as mulheres que se pintam de kaolim na costa de Marfil acompanham as futuras mulheres presidentas, uma posta em cena mais dinámica. Sempre alguma novidade.

O que não muda, a sensação de ter escutado uma música fermosa e emocionada que nos abrigou e graças à qual aquele espaço foi um pouco mais humano.

Esta vez os Marful estiveram acompanhados de David Herrington, Fran Pérez Narf, José Manuel Díaz e Leandro Deltell.

E as imagens não fazem justiça ao momento, mas quero deixar aqui testemunha da minha emoção, o tremido das fotos foi a minha mão emocionada.