Tentamos fazer a crónica do concerto de ontem no Auditório e as palavras sobram, restam, dividem... Nunca foi tam difícil descrever com a linguagem outra linguagem, a da música mas também a das emoçons. Teríamos que oferecer-vos as nossas maos, o nosso corpo, para que pudéssedes ver todos os sentimentos que nos ficárom colados aos poros.
Dizer que foi um concerto emocionante é apenas um débil substituto, dizer que o cenário e os assentos estavam cheios de carinho é uma evidência insultante para quem ali estivo. Por isso pouca cousa vamos dizer.
Diremos que nom sabemos quanto durou mas que se fijo curto, tremendamente curto. Que estivo cheio de momentos especiais com colaboradores que abrigárom a música com as suas vozes, as suas músicas e as suas danças. Que tivemos o enorme privilégio de ver um tango bailado entre dous homens como era tradicional na Argentina, nos inícios do tango. Um momento impressionante com dous bailarinos que se comunicavam deliciosamente, delicadamente, mesmo diria que honestamente. Entre os bailes, um momento de dança contemporânea a acompanhar o pirinho, entre o abraço e o rejeitamento, cheio de força. E um espectacular Henrique Peom que nos pujo a pele de pita. As vozes de Guadi Galego e Xabier Díaz que acompanhárom a Ugia com o calor que dá a qualidade e a amizade, o violino de Quim Farinha que se integrou na música como um membro mais da já grande família marfuliana.
Rodeados polas espectaculares imagens do Salom de Benito, fotografadas por Fernando Fuentes, os habituais membros de Marful, com Xacobe Martínez e Luis Alberto Rodríguez, dêrom um concerto como nos tenhem acostumadas, que já nom é dizer pouco. Gerando uma fantástica energia que se retroalimentava nos assentos e voltava ao cenário se calhar aumentada, se calhar diminuída, mas sempre em comunicaçom directa e visceral com as que ali estávamos. Só pudemos agradecer-lhes uma noite como esta com a palma das maos, num aplauso que nom foi mais longo apenas para nom obrigá-los a sair de novo, compreendendo que era sim, o momento de acabar. Com a música e o amor na gema dos dedos.
Nom queremos cair no excesso nem superar a nossa habitual loucura, por isso, convidamo-vos a que nos enviedes as vossas impressons para acompanhar esta crónica. Nós tentaremos ir oferecendo-vos as fotografias que pudemos conseguir, se calhar algum vídeo, e as notícias da imprensa.
Ligade aqui para ver a crónica da nossa comentarista arrigadeira.
E outra ligaçom mais para ver os comentários de Rosa Aneiros.
Embora nom podamos pôr aqui a referência, também houve comentários ao respeito no programa de Tino Santiago A crónica, a segunda feira às 21:00 horas, e no de Xurxo Souto, a quarta-feria. Adivinhades em que termos?
Beijos!
sábado, junho 17, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Escuitei hoje às nove (mais ou menos) a Pedro Pascual na Rádio Galega falando com Pepe Carreira do concerto. O Pepe Carreira nom podia falar melhor do concerto, 800 pessoas? E polo que contou Pedro esta foi a primeira vez que pudérom fazer um concerto em grande formato tal como eles quereriam nos cinco anos que leva Marful.
Gho, que pena nom ter estado!
eu fun.
Aquelo sobrepasou o concepto tradicional de concerto. Houbo maxia co publico desde o primeiro momento. Marful foi espectacular e demostraron unha proposta internacional da que calquer galego escoite a música que escoite se sentiria orgulloso. Saliron ó escenario con sinceridade e a ialma na man.
Ali non habia trampa nin cartón.
A xente estaba emocionada.
Foi un trance. Todo foi ben e bon.
Fren.
pergunta: é certo que tedes esgotada a primeira ediçom do disco. Dizem por aí... e eu quería dar-vos de presente...
as nossas informaçons dim que sim, que está esgotada a primeira ediçom, mas nom vai tardar muito em sair a segunda, se tens um bocado de paciência podes fazer esse presente
Enviar um comentário