Passada a surpreesa inicial, que se fans, que se nom fans, quem pergunta a quem, somos fans porque "yo lo valgo" acabamos por centrar a conversa e falar do que verdadeiramente importa. De facto, a pergunta era obrigada, repetida mas obrigada: que é Marful? Ou dito doutra maneira: que tipo de música fai Marful?
Todas estávamos de acordo em que nom gostávamos das etiquetas, em que pôr-lhe demasiados nomes as cousas acaba por reduzi-las, e fazer algum tipo de clasificaçom é demasiado simplificador. Mas também éramos conscientes de que era preciso algo, uma imagem, uma ideia, um conceito -embora fosse banal-, que nos ajudasse na recepçom, essa em que somos especialistas.
Tivemos as orelhas atentas ao debate que se gerava e demo-nos conta de que era mais fácil dizer que música nom fai Marful.
E nom fai folque, polo menos nom na acepçom mais generalizada na Galiza. Porém, se colocas "Marful" num buscador da Internet podes encontrar-te cousas como estas:
Foram, assim, uma plateia de sonho para a exuberante galega Ugia Pedreira, cantora de folk e jazz, do grupo Marful, no Teatro Principal, em pleno casco histórico "Fernando Venâncio" em Expresso, 6 de agosto de 2005
Ou encontrá-los numa página web em que se fai uma lista de grupos de música folque como esta: http://www.folksylinks.it, isso sim, dizendo que "Marful, mix roots music with contemporary sounds, acoustic and electric, European and American sound, jazz, belle époque, folk... (in Galician)". (Desculpade que nom traduça, mas prefiro nom perpetrar qualquer besteira.)
Também chegamos à conclusom de que Marful nom toca rock, embora pudesse, estamos seguras, e nom fai música clássica tampouco. Nom sabemos que dizer do jazz, é uma palavra que aparece tanto! De resto, tudo pode ser.
As definiçons -as intuiçons- iam quase sempre em dous sentidos. Ou era música popular urbana, tirada da tradiçom das vilas e cidades galegas anos 40, ou era música de baile, música de cabaré. Dous resultados no google aproximam-se desta visom:
Marful
A música popular urbana. Unha cita para os elementos de raiz e contemporáneos, para a tradición americana e europea. Unha viaxe a unha belle epoque marcada pola ironía. A voz de Ugia Pedreira xunto ao bo facer de Pedro Pascual, Pablo Alonso e Marcos Teira
(em nordesia.info)
O grupo Marful, con Uxía Pedreira á cabeza, recupera agora os sons das vilas galegas dos anos trinta e corenta e actualízaos nun cóctel que dá moita importancia ás letras e á voz. É música dunha raíz diferente.
O proxecto introducía a música que soaba nas vilas galegas nos anos trinta e corenta (jazz, canción melódica, foxtrot) nunha cocteleira na que se atopaba cunha grande dose de jazz e unhas letras coidadas e persoais desde o prisma irónico e creativo dos membros do grupo.
(em culturagalega.org)
Também pensamos que se cadra, saber de que tipo de lugares os contratam podia ajudar, mas nom nos deu muita informaçom nova. Mais uma vez sabemos que nom os chamam dos festivais de música folque, nem dos de música celta (pergunta que se escutou na sala: mas que é música celta?). E chamam-nos de locais e concelhos em programaçons culturais mixtas, ou em iniciativas como "Sons da diversidade" ou "Ao pé da letra" que é o mesmo que dizer música de tudo tipo.
E para nom gostar de etiquetas já nom estivo mal. Porque no fundo, concluímos que as palavras dizer nom diziam nada. Tampouco nos importou demasiado porque aos cinco minutos tínhamos a música, e essa falou.
terça-feira, agosto 16, 2005
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